terça-feira, 21 de junho de 2011

Diagnóstico molecular pode ser seguro para identificar grávidas com citomegalovírus

Com o objetivo de identificar marcadores prognósticos confiáveis de doença fetal através da detecção de citomegalovírus (CMV) no fluido amniótico de mulheres grávidas, Aydan Biri e colegas realizaram um estudo em um ambulatório clínico de ginecologia e obstetrícia da Turquia. O resultado foi publicado em "Archives of Gynecology and Obstetrics", em fevereiro de 2006.
Segundo os pesquisadores, não existe terapia antiviral específica ou vacina que possa ser seguramente administrada à mulher grávida com infecção primária por citomegalovírus e, por isso, o diagnóstico pré-natal tem um papel crítico no manejo da gravidez complicada por esta doença. No estudo, os autores investigaram a prevalência e as conseqüências clínicas da infecção por CMV humano a partir do swab cervicovaginal e de amostras de fluido amniótico de mulheres grávidas utilizando reação em cadeia polimerase em tempo real (RT-PCR).
Um total de 206 amostras, 135 de swab cervicovaginal e 71 de fluido amniótico, foram registradas na pesquisa. Os DNAs das amostras foram extraídos e amplificações destes DNAs foram estudadas. O DNA de citomegalovírus humano foi dado como positivo em 1,5% dos casos (2 em 135) dos swabs cervicovaginais, e em 1,4% dos casos (1 em 71) das amostras de fluido amniótico através de RT-PCR.
De acordo com o artigo, com a reação em cadeia polimerase em tempo real, foi encontrada prevalência de CMV humano em mulheres grávidas semelhante a dos relatos epidemiológicos. Enquanto o feto com fluido amniótico positivo em favor de CMV humano apresentou crescimento intra-uterino restrito resultando em óbito fetal, nenhum sintoma foi observado nos bebês das outras duas mulheres grávidas com resultados positivos no RT-PCR. O resultado revela que o método diagnóstico molecular pode ser um ensaio seguro no diagnóstico pré-natal da doença.

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